Julia Visgueiro, nova geração do triathlon nacional

Perfil da jovem triatleta brasileira

Julia Visgueiro, nova geração do triathlon nacional

BIO Julia Visgueiro

Tempo que pratica triathlon: 4 anos
Idade: 20
Altura: 1m64
Peso:62
Bike: Specialized
Capacete: Specialized
Sapatilha: Fi'zi:k
Óculos de sol: Demetz
Tênis de treino: Balance Fresh Foam X Vongo v6
Tênis de prova: Nike ZoomX Vaporfly Next% 4
Wetsuit: Mako
Óculos de natação: Demetz
Trisuit: Zerod
Treinador: Allie Nicosia
Equipe de apoio: ETSU (East Tennessee State University), onde Julia estuda e proporciona equipe médica à disposição, além de infraestrutura, treinos etc.

Apoio/Patrocínio: Não possui

Como conheceu o triathlon?


Eu comecei no triathlon relativamente tarde. Desde pequena eu fazia natação, mas durante a pandemia de Covid as piscinas fecharam, então comecei a correr e pedalar para manter a forma. E durante uma conversa com a minha mãe, surgiu a ideia de experimentar o triathlon, então não era algo planejado, aconteceu meio por acaso. E em junho de 2021, com 16 anos, participei do meu primeiro triathlon, e a partir daí comecei a me dedicar cada vez mais ao esporte!

Como foi a semana antes do recente Mundial Sub23, na Austrália? Conseguiu lidar bem com a ansiedade?


A semana que antecedeu a competição correu bem, de maneira geral. Tive a sorte de ficar hospedada perto da prova, ter um fisioterapeuta à disposição e chegar quase uma semana antes, o que me permitiu conhecer o percurso várias vezes, me adaptar com calma e não sofrer com o fuso horário. Mesmo assim, confesso que estava bastante nervosa. Era a primeira vez que participava de uma competição tão importante, com um nível tão alto. Senti bastante apreensão e carreguei aquela sensação de nó no estômago até a linha de largada.

Como foi o desenrolar da prova do Mundial, desde a natação?


Durante a natação, a largada foi muito rápida. Foi bem intenso, com muitos toques para se posicionar corretamente, mas consegui não levar muitos. Fiz o meu melhor para acompanhar o ritmo. Também havia muitas ondas e uma corrente forte, o que dificultava saber exatamente onde eu estava. Mas senti boas sensações e consegui permanecer em um bom grupo.

Na saída da água, foi preciso entrar rapidamente no ritmo da prova e se manter firme no ciclismo. A primeira volta foi muito dura, mas depois consegui me adaptar e me sentir mais confortável. Junto com mais três meninas, conseguimos nos aproximar do primeiro grupo na primeira volta, mas no final não conseguimos alcançá-las e completamos as seis voltas restantes com o segundo grupo.

A corrida foi muito exigente fisicamente, porque o percurso de bike era difícil, com muitas subidas, e isso se refletiu na corrida. No geral, estou bastante contente com a minha prova. Foi apenas a segunda vez que fiz essa distância olímpica, então fiquei feliz por ter conseguido gerenciar melhor o esforço e a alimentação. Ainda tenho muito a aprender, mas estou ansiosa para me tornar mais competitiva nesse formato.

Qual foi a maior dificuldade que sentiu durante esta temporada?


A maior dificuldade foi voltar ao ritmo das competições e treinar com foco em desempenho enquanto estudava na universidade. No ano passado, eu havia parado o triathlon para me dedicar mais aos estudos. Em setembro de 2024, consegui retomar o triathlon e continuar os estudos ao mesmo tempo, graças ao sistema de esportes e estudos nos Estados Unidos. O maior desafio foi reencontrar meu ritmo no triathlon universitário, ainda mais porque este ano eu mudava de categoria, passando para a Sub23.

O que planeja de provas para 2026?


Eu gostaria de participar de várias Copas Continentais, do Campeonato Sul-Americano e do Pan-Americano. E aproveitar todas as oportunidades que surgirem.

O que necessita trabalhar e melhorar para a temporada de 2026?


Acho que preciso melhorar muitos aspectos. Tenho algumas lacunas técnicas, então esse é um ponto que quero trabalhar bastante. Mas também quero ser mais rápida, mais reativa e mais estratégica. Então, meu objetivo é evoluir de forma completa, em todos os aspectos do triatlo.

Bate-pronto com Julia Visgueiro:


Qual seu filme preferido de todos os tempos?


Meu filme preferido é Babysitting. O filme é muito engraçado, perfeito para desligar a cabeça e passar um momento legal !

Você tem uma série que recomenda para todo mundo?


Essa série é um pouco antiga, mas eu recomendo 100%. É The Big Bang Theory.

Qual artista ou banda você nunca se cansa de ouvir?


Até agora ainda não encontrei. Eu gosto de ouvir muitos estilos diferentes e enjoou muito rápido. Então eu mudo de banda e de música o tempo todo.

Tem algum álbum ou música que marcou a sua vida?


Se eu tivesse que escolher uma que marcou vários momentos da minha vida, seria "Everybody Wants to Rule the World", do Tears for Fears. Ela apareceu em muitos momentos especiais, então sempre me traz boas lembranças.

Você tem um livro favorito? Qual?


Meu livro preferido é "Thérèse Raquin", do Zola. Eu acho essa obra incrível, muito bem escrita, com uma trama intensa e envolvente que prende a gente do começo ao fim. Eu recomendo totalmente!

Qual foi o último livro que leu e o que achou dele?


O último livro que li foi "Panorama", da Lilia Hassaine. A história acontece no futuro, em uma sociedade onde tudo é transparente, literalmente. As pessoas vivem em casas de vidro, todo mundo vê tudo, não existem segredos. Um dia, uma família desaparece, e isso muda tudo, porque começa a questionar essa ideia de “mundo perfeito”. Eu gostei muito desse livro. Achei a história diferente, fácil de ler e muito interessante. Li tudo de uma vez porque eu queria saber o que ia acontecer. Então, com certeza, eu recomendo!

Qual foi a viagem mais marcante que você já fez?


Acho que foi minha última viagem, para a Austrália. Foi incrível ir literalmente para o outro lado do mundo. A cidade era super legal, uma energia muito boa, e além disso era meu primeiro Campeonato Mundial, então isso tornou tudo ainda mais especial. Foi uma experiência que vou guardar comigo por muito tempo.

Existe algum lugar que você sonha em conhecer?


Existem muitos lugares que eu gostaria de conhecer e visitar, mas se eu tivesse que escolher apenas um, seria Petra, na Jordânia. Tenho muita vontade de conhecer esse lugar!

Qual é sua comida favorita?


Os queijos franceses e croissant. Melhor comida do mundo!

Tem algum prato que te lembra sua infância?


Macarrão. Eu comia muito quando era pequena e até hoje é um prato que eu como quase sempre.

O que você gosta de fazer no seu tempo livre?


As coisas que eu mais gosto de fazer depois do triathlon são jogar xadrez, tricotar e praticar outros esportes!

Quem te inspira ou serve como referência de vida?


Minhas maiores referências são meus pais. Eles sempre me acompanharam em todos os meus projetos e, acima de tudo, sempre me orientaram. Se eu tive todas essas oportunidades na minha vida, foi graças a eles. Tenho muito respeito por eles, são pessoas que admiro demais e a quem devo muito.

Quais são seus ídolos no triathlon?


No feminino, eu adoro a Audrey Merle. Tive a oportunidade de treinar no mesmo lugar que ela por um período, e é uma atleta que eu admiro muito. Também gosto da Jeanne Lehair e da Luisa Baptista. Esse é o meu top 3.

Qual foi a melhor decisão que você já tomou?


Sem dúvida, começar no triathlon!

Qual esporte que também gosta de acompanhar?


Gosto de acompanhar o ciclismo, a natação, a corrida, o tênis, a ginástica e também a escalada.

Se tivesse uma máquina do tempo, viajaria para o passado ou futuro?


Acho que eu iria para o passado, porque sou fã de história. Acho que eu assistiria a muitos eventos históricos!