Lah Fabrini, 1a amadora geral no IM70.3 Floripa 25

Larissa Fabrini foi a primeira triatleta amadora no Ironman 70.3 Florianópolis, disputado neste domingo, dia 26, na Praia dos Ingleses. Ela venceu a categoria 35/39 anos em 4:30:47, com parciais de 33:09 nos 1.9km de natação (pace de 1:44/100 metros), 2:21:46 nos 90km de bike (37.84 km/h de média) e 1:31:17 nos 21.1km de corrida (pace médio de 4:21/km).

Confira as impressões da campeã sobre o evento:

“O Ironman 70.3 Floripa não estava no meu calendário, mas assim que retornei do Ironman Japão, a Track & Field me convidou para fazer o evento. Conversei com o Santiago Ascenço, meu treinador, e ele disse que daria para incluir treinos de velocidade nas três semanas entre os eventos. Eu descansei bem após o Japão, me alimentando bem no antes e depois da prova, então não foi tão desgastante como o Ironman Brasil deste ano.

Decidi viajar para Floripa apenas na sexta-feira, o que foi um erro que cometi novamente, assim como havia feito no IM70.3 Brasília, ficando muito em cima da prova e embolando com outros compromissos, me deixando muito cansada.

No dia da prova não conferi meu despertador e acabei por acordar no susto às 5h30, sendo que a área de transição fechava às 6h30. Não consegui tomar o café da manhã do jeito que queria e fazer meus exercícios de ativação e mobilidade, mas acabou que deu tempo para tudo!

Sobre a prova em si, o mar estava realmente muito mexido e tive muita dificuldade para atravessar as ondas. Não tenho muita habilidade no mar e por um momento pensei em desistir, chegando a retornar um pouquinho para a beira da praia, quando vi dois staffs indicando aos atletas como furar a arrebentação e resolvi tentar novamente. Deu certo! Eu estou muito confiante na minha natação e depois de passar as ondas consegui imprimir meu ritmo na água. Fiz uma T1 boa e saí para pedalar com as coxas queimando; depois descobri que meu selim tinha descido, não sei se na revisão, o que muda a pedalada. Depois que parei de brigar com isso, a potência foi voltando… foi um reflexo também do Ironman Japão disputado três semanas antes. Confesso que é difícil ainda competir um Meio Ironman numa velocidade depois de um Ironman tão perto. O ponto positivo desta vez é que aprendi a não lutar com meu próprio corpo e fiz um pedal progressivo, tendo uma visão 360º da prova e foi muito legal!

Fiz também uma boa T2 e saí para correr me sentindo bem, mas logo no início já senti uma pequena lesão que tenho nos ísquios e fiz uma meia maratona que era o que dava para o dia, com 4:19/km de pace médio. Eu vi que já estava com uma boa vantagem para a Marina Jacob e a Gabriela Vergilio, então mesmo não conseguindo fazer o meu melhor na corrida, deu para controlar a vantagem.

Eu adorei a prova! Que bom que a organização decidiu não tirar a natação. Floripa recebe a gente muito bem e que bom que a prova vai sair dos Ingleses e vai para Jurerê Internacional, que deixa a viagem muito mais legal. A torcida de Floripa já está acostumada com esportes, então é muito gostoso estar lá. Agora são 27 provas de Meio Ironman no meu currículo, então consigo domar bem meus sentimentos.

Neste ano, tudo que competi eu ganhei no Geral Amador, então já foram 4 provas de Meio Ironman e duas de Ironman, que é uma bagagem maravilhosa. Acredito que ainda vá fazer mais um Meio Ironman este ano, além de alguma prova de corrida. Só tenho que ficar muito feliz com a oportunidade de agregar tanta experiência como atleta e como pessoa.”