Neozelandês vence com recorde, Vanuza Maciel é a 4ª no mundial de Ultraman

Triatleta brasileira completou seu 10º Ultraman no Havaí. Vencedor quebra marca das 21h em 3 dias de prova. Resultados no ar

Neozelandês vence com recorde, Vanuza Maciel é a 4ª no mundial de Ultraman

Disputado desde 1983, o mundial de Ultraman foi realizado mais uma vez na Ilha de Big Island, no Havaí, neste último final de semana, com a participação de 23 atletas e duas equipes de revezamento.

RECORDE


O canadense Simon Cochrane foi o grande vencedor de forma absoluta batendo o recorde da prova. Ele foi o melhor em todas as etapas, sendo o primeiro a sair da água após 10km de natação, marcando a melhor parcial dos 145km, no primeiro dia, em um ritmo alucinante para o percurso com grande altimetria - onde os atletas sobem em direção ao vulcão Kilaueia.

No segundo dia, nos 276km de ciclismo, abriu ainda mais vantagem marcando 7:32:37, chegando mais de 1h a frente da concorrência. Somando os 2 dias de bike, a média estabelecida por Simon foi absurda para o percurso muito difícil - cerca de  35km/h.

No 3º e último dia, a última etapa com 84km de corrida - a dupla maratona, Cochrane marcou incríveis 6:09 , umas das melhores performances com os pés no chão na história do mundial, fechando  a prova abaixo de 21h, um recorde.

Com o tempo total de 20h57min46s, ele pulverizou o antigo recorde da prova de 21h41min22s.

VANUZA 10X


Entre as mulheres as performance não foram muito menos impressionantes, com a grande vencedora Amie Robitallie e Andree Girard, primeiras duas colocadas, chegando na 2ª e 3ª colocações gerais.

A brasileira Vanuza Maciel em seu 10º Ultraman, fechou a prova na 4ª colocação, sendo a 10ª geral na prova.

A curitibana de 53 anos, atual campeã do UB515 - o Ultraman Brasil, não completou a prova em sua última participação no Havaí em 2018, onde o percurso foi alterado devido a erupção do vulcão Kilaueia. A brasileira teve sua redenção fechando a prova com boa performance. Abaixo seu belo depoimento para a Trisport:

"O fato de poder voltar para o mundial foi muito importante pra mim. Este ano eu estava bem concentrada para fechar bem a prova. O resultado foi uma coroação da minha dedicação durante todos esses anos.

 

Preciso ressaltar o trabalho das minhas staffs, a Stace Stuard que já fez a provas várias vezes aqui  e a minha parceira de treinos a Paula Candelo. Elas me cuidaram e me divertiram durante todos os dias, até se fantasiando.
No primeiro dia, foi bem difícil mas emocionante ao mesmo tempo. Fui acompanhada por vários golfinhos e um arco-íris no início da prova, tive problemas com água-vivas e também acompanhada por duas raias no final dos 10km. Essas coisas divinas só acontecem aqui no Havaí.
No ciclismo muito duro ainda do primeiro dia, como já sabíamos, após a ingestão de anti-alérgicos eu me recuperei das queimaduras e me poupei até o final - já pensando no segundo dia.
Com muito frio e até chuva, no início do ciclismo do 2º dia, após 100km eu consegui finalmente esquentar e me senti melhor. Cuidei bem da estratégia, chegando até o final que é muito difícil.
Nos 84km eu fui tocando em 6min/km, tava confiante - na corrida eu me sinto muito bem, é o meu mais forte. Passei a maratona em 4h24. Tive altos e baixos mas foi tudo muito bem contornado pelas minhas staffs e pelo apoio do meu aluno Jair Avanci, que estava competindo, mas acabou abandonando no primeiro dia. Foi muito legal ele completar a prova comigo.
Foi muito importante fechar este cicl0, uma realização pessoal, estou muito feliz."

Outro brasileiro na competição, Acyr da Luz, completou a prova na 14ª colocação.

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